Passando em frente ao Congresso, reparei que por ali por perto havia daqueles recipientes coloridos para coleta seletiva de lixo. Então, além de os próprios nobres parlamentares (como de costume), uma dúvida cruel me assaltou:
Em qual deles devemos descartar deputados e senadores?
Afinal, todos são orgânicos, pois organizam-se em quadrilhas para tramar falcatruas e sugam o erário dos órgãos responsáveis pelo bem estar geral da Nação. Fora o que, todos têm prazo de validade e muitos já cheiram à podridão há muito tempo. Mas alguns são recicláveis e, entra governo, sai governo, seja dito de direita ou de esquerda ou neo-liberal, estão sempre voltando pra onde jamais deveriam ter ido, ou seja, pro Poder.
Poderiam também ser descartados nos recipientes destinados à madeira, porque todos, sem exceção, caracterizam-se pela lustrosa cara de pau.
Mas também podem ser jogados nos recipientes para vidro, pois não há entre eles quem não tenha telhado feito deste material.
Poderiam também ser descartados nos recipientes destinados à madeira, porque todos, sem exceção, caracterizam-se pela lustrosa cara de pau.
Mas também podem ser jogados nos recipientes para vidro, pois não há entre eles quem não tenha telhado feito deste material.
Poderiam ainda ser descartados nos recipiente para metal, pois seus bolsos, cuecas, malinhas e maletas, bem como meias, vivem recheados de vil metal.
No de papel também, porque os projetos que enchem as vistas dos eleitores não saem do papel e eles, os nobres parlamentares, vivem fazendo papelão. De quê, nem preciso dizer.
Sei não... às vezes penso que um bom e velho aterro sanitário pode dar conta disso. Afinal, sanear as finanças públicas talvez dependa de um gesto radical: botar tudo no lixo mesmo e, de repente, fazer com que virem adubo. Mas não esquecendo de descontaminar antes, para que a ladroeira não dê frutos. Economizamos os recipientes e os conservamos para reciclar o que deve ser reciclado, jogamos fora o que deve ser jogado e, acima de tudo, pensamos no meio ambiente: deixamos apenas aqueles políticos realmente interessados na sustentabilidade e na preservação da nossa natureza (se é que eles existem): tanto a biológica, com nossas matas e rios, quanto humana - nossa propalada credulidade e ingenuidade, que deixou que as coisas chegassem a esse ponto!
Sei não... às vezes penso que um bom e velho aterro sanitário pode dar conta disso. Afinal, sanear as finanças públicas talvez dependa de um gesto radical: botar tudo no lixo mesmo e, de repente, fazer com que virem adubo. Mas não esquecendo de descontaminar antes, para que a ladroeira não dê frutos. Economizamos os recipientes e os conservamos para reciclar o que deve ser reciclado, jogamos fora o que deve ser jogado e, acima de tudo, pensamos no meio ambiente: deixamos apenas aqueles políticos realmente interessados na sustentabilidade e na preservação da nossa natureza (se é que eles existem): tanto a biológica, com nossas matas e rios, quanto humana - nossa propalada credulidade e ingenuidade, que deixou que as coisas chegassem a esse ponto!
Provavelmente, em frente ao Planalto não haverá desses recipientes para lixo reciclável. É possível que haja apenas um grande contêiner, porque não há como se diferenciar um presidente de outro, nem um ministro do supremo de outro: é tudo a mesma b... bela porcaria. E como fedem!...
Bem, pelo menos temos alguém feliz com isso: as moscas.
Maria Iaci e Vany Grizante