domingo, 8 de agosto de 2010

Coleta Seletiva de Lixo








Passando em frente ao Congresso, reparei que por ali por perto havia daqueles recipientes coloridos para coleta seletiva de lixo. Então, além de os próprios nobres parlamentares (como de costume), uma dúvida cruel me assaltou:
   Em qual deles devemos descartar deputados e senadores?
   Afinal, todos são orgânicos, pois organizam-se em quadrilhas para tramar falcatruas e sugam o erário dos órgãos responsáveis pelo bem estar geral da Nação. Fora o que, todos têm prazo de validade e muitos já cheiram à podridão há muito tempo. Mas alguns são recicláveis e, entra governo, sai governo, seja dito de direita ou de esquerda ou neo-liberal, estão sempre voltando pra onde jamais deveriam ter ido, ou seja, pro Poder.
    Poderiam também ser descartados nos recipientes destinados à madeira, porque todos, sem exceção, caracterizam-se pela lustrosa cara de pau.
    Mas também podem ser jogados nos recipientes para vidro, pois não há entre eles quem não tenha telhado feito deste material.
   Poderiam ainda ser descartados nos recipiente para metal, pois seus bolsos, cuecas, malinhas e maletas, bem como meias, vivem recheados de vil metal.
    No de papel também, porque os projetos que enchem as vistas dos eleitores não saem do papel e eles, os nobres parlamentares, vivem fazendo papelão. De quê, nem preciso dizer.

Sei não...  às vezes penso que um bom e velho aterro sanitário pode dar conta disso. Afinal, sanear as finanças públicas talvez dependa de um gesto radical: botar tudo no lixo mesmo e, de repente, fazer com que virem adubo. Mas não esquecendo de descontaminar antes, para que a ladroeira não dê frutos. Economizamos os recipientes e os conservamos para reciclar o que deve ser reciclado, jogamos fora o que deve ser jogado e, acima de tudo, pensamos no meio ambiente: deixamos apenas aqueles políticos realmente interessados na  sustentabilidade e na preservação da nossa natureza (se é que eles existem): tanto a biológica, com nossas matas e rios, quanto humana - nossa propalada credulidade e ingenuidade, que deixou que as coisas chegassem a esse ponto!

Provavelmente, em frente ao Planalto não haverá desses recipientes para lixo reciclável. É possível que haja apenas um grande contêiner, porque não há como se diferenciar um presidente de outro, nem um ministro do supremo de outro: é tudo a mesma b... bela porcaria. E como fedem!...

Bem, pelo menos temos alguém feliz com isso: as moscas.


Maria Iaci e Vany Grizante


quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Neurônios nada poéticos e muito calorentos




Aqui estava eu, tentando compor uma poesia de amor... mas o calor (e não é pra rimar) está demais!
Imagine o verão no inferno... Imaginou? Pois aqui está mais quente ainda!

Então meus neurônios se rebelaram e resolveram que eu só iria escrever o que eles quisessem. Assim, conforme eu tentava escrever um verso, eles já se interpunham e o reescreviam.

Meus neurônios com calor ficam insuportáveis!
E a poesia ficou assim:


(Só um bilhete de paixão eu te escrevi)
 Só um sorvete de limão eu consegui

(Pois me conduz, me joga ao vento o teu ardor)
 Onde é que eu pus a droga do ventilador?

(Espero o abraço carinhoso, o meu albergue)
 Quero um pedaço bem frondoso de iceberg

(É o apelo de teu par, ó meu amor...)
 Me dá mais gelo pra botar no regador...


            (Eu me orgulho desta sina que me guia)
             E eu mergulho na piscina de água fria

            (Até um corpo em que me veja revelada)
             Até o copo de cerveja bem gelada

            (Teu corpo esguio encobre a leve calmaria)
             Sonho que esquio sobre a neve bem macia

            (E me assombra a paixão abençoada)
             E minha sombra aqui no chão tá bem suada.


(Eu vou mimar o meu amado para sempre)
 Eu quero o ar condicionado bem de frente

(Tu não atinas que de chofre tenho paz)
 A serpentina gela o chope do rapaz

(A tua amada viverá sempre ao teu lado)
 É limonada, guaraná e chá gelado

(E eu sozinha, abandonada, nunca mais!)
 Da caipirinha bem gelada eu quero mais!



Vany Grizante e Maria Iaci


domingo, 1 de agosto de 2010

Pequeno Dicionário Latim-Português



A latere = olha lá, Tereza!
A non domino = ah, dominó não!
Ab absurdo = um sujeito absurdamente gago.
Animus necandi = necas de ânimo...
Bona fide = é boa, mas fede.
Brevi manu = irmão que morreu novinho.
Caput = PQP!
Caso sub judice = casou na marra.
Conditio sine qua non = meu tio conde não quer ir ao cinema.
Confessio est probatio omnibus = confesso e provo que bati o ônibus do tio...
Consilium fraudis = aconselho o uso de fraldas.
Corpus delicti = corpo delicioso.
Custas pro rata = deixa a rata pagar a conta.
De cujus = virado pra lua.
Erga omnes = levantem, homens!
Est modus in rebus = tenha modos, mesmo no meio de um rebu.
Ex abundantia = tia bunduda que emagreceu.
Ex expositis = ex-marido da tia.
Expressis verbis = verbos ligeiros.
Facultas agendi = agenda da faculdade.
Hic et nunc = não soluço nunca mais!
ld est = vá pro leste.
lmpotentia generandi = general brocha.
lmprimatur = imprima você, ora!
In loco = no louco.
Norma agendi = agenda da Norma.
Notitia criminis = não tenho tia criminosa.
Pari passu = (no jogo de poker) paro e passo.
Passim = passo pequeninim.
Persona non grata = pessoa mal-agradecida.
Post scriptum = poste todo pichado.
Prima facie = cara da prima.
Quaestio facti = qual é, tio, faz aí!
Res furtiva = vaca dissimulada.
Res litigiosae = vaca brava.
Sententia est = você tem tia no leste?
Sub voce = embaixo de você.
Venda ad corpus = prostíbulo.
Versus = poesias.